1° Seminário Internacional GUIDE de Educação Superior Virtual

Por Rosangela Maria Cunha em 18 de outubro de 2010
A Unisul – Universidade do Sul de Santa Catarina - recebeu nos dias 14 e 15 de outubro/2010 os maiores nomes em Ensino a Distância do mundo para o 1° Seminário Internacional GUIDE de Educação Superior Virtual. Quem proferiu a primeira palestra foi um dos pioneiros da EaD, o pesquisador britânico Michael Moore, da Penn State University.

Michael Moore disse que são quatro componentes básicos para se pensar em termos de EaD: tecnologia, pedagogia, estrutura organizacional e políticas. “Quando pensamos em tendências no Ensino a Distância não podemos pensar em nenhum item deste separadamente. Trabalhar um sem o outro seria impossível”, disse.

Para Moore as tecnologias crescem sem que saibamos quais os rumos irão tomar. Ele explica que estas tecnologias estão crescendo assustadoramente, mas que ainda existe uma lacuna de como usar as redes sociais, por exemplo, na educação. “Hoje em dia 10 % das pessoas têm uma conta no Facebook, no Myspace ou Twitter. O que temos que nos preocupar é com qual objetivo e qual a lógica usar estas tecnologias no ensino. Quais as coisas que têm mais e menos valor nestes recursos? Temos que usar estes meios para, quem sabe, transformar informação em conhecimento”, reflete Moore.

O pesquisador lembrou que na época em que o telefone foi lançado era visto como uma ameaça, pois as mulheres poderiam conversar com os homens através daquele aparelho. Para Moore, a Web 2.0 é tão sedutora quanto o telefone na época. Ele acredita que a democratização das redes é um caminho sem volta, contudo é preciso ter um olho crítico para estruturar tudo isso.

Moore usa o Youtube e o flickr como exemplos de utilização da rede de forma gratuita que se democratizou rapidamente. “Em poucos anos passamos de atores para produtores quando utilizamos estes recursos. Desta forma, também será no ensino. No futuro, os alunos irão baixar as suas aulas assim como baixam suas músicas. Vão fazer as suas escolhas em relação ao material que querem estudar e aos assuntos que querem aprender. Os estudantes serão mais autônomos e independentes enquanto aprendizes”.

Segundo Moore, as universidades ainda estão trabalhando com um modelo antigo de ensino/aprendizagem, e que é preciso pensar em mudar de acordo com as tendências. Um curso criado hoje, pode não ser bom daqui há 3 anos. Ainda sobre as instituições de ensino a distância o pesquisador disse que algumas delas trabalham com alianças estratégicas, onde cada uma assume um papel, ou ainda terceiriza algum dos serviços, como o suporte aos alunos, elaboração de conteúdo, ou ainda, oferecem o mesmo curso em vários idiomas, por exemplo.

“Não basta fazer material didático excelente para os alunos, temos que saber se os objetivos estão sendo alcançados. Se eles estão atingindo os resultados almejados. Temos que pensar na elaboração de um bom curso, mas não podemos perder de vista quem iremos atingir, no caso o aluno”, reflete Moore.

Fonte: Portal Semesp

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